Queixas-te de influências perniciosas que te desgastam a vida.
Alegas que
espíritos sofredores te vampirizam as horas e que obsessores te viciam os
pensamentos.
E, muitas vezes, a cada dia, experimentas tensão e
desespero, cólera e enfermidade.
Para conjurar o perigo, recorres à
oração e aos conselhos edificantes.
Tais medidas, no entanto, não
obstante providenciais, podem ser comparadas às receitas médicas que, apesar de
preciosas, passam despercebidas, se os recursos indicados não forem usados
conforme as prescrições.
Isso equivale dizer que os agentes externos são
necessários à nossa própria preservação contra os males que nos atormentam,
entretanto, se nos propomos realmente a vencê-los, analisemos a nossa posição
individual no campo das influências.
Se sabemos marcar os que nos ferem,
aqueles aos quais ferimos igualmente podem marcar-nos.
Aos que nos
sugiram algo, algo conseguiremos também sugerir.
A solução do problema,
em matéria de influências nocivas, será alcançada se criarmos a força e a
sugestão do bem no ambiente menos desejável que nos rodeie.
Para isso é
preciso que o entendimento e a união se façam ingredientes essenciais de nossa
própria atitude.
Não temos necessidade de recear as influências chamadas
perniciosas, porquanto, se outros nos influenciam o caminho, também nós
desfrutamos a possibilidade de influenciar o caminho alheio.
E estamos
convencidos de que tudo aquilo que doarmos aos nossos irmãos para nós
voltará.
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