quinta-feira, 24 de janeiro de 2013

NÃO BASTA VER

"E logo viu, e o foi seguindo, glorificando a Deus. E todo o povo, vendo isto, dava
louvores a Deus." - (LUCAS, 18:43.)

A atitude do cego de Jericó representa padrão elevado a todo discípulo sincero do
Evangelho.
O enfermo de boa-vontade procura primeiramente o Mestre, diante da multidão. Em
seguida à cura, acompanha Jesus, glorificando a Deus. E todo o povo, observando o
benefício, a gratidão e a fidelidade reunidos, volta-se para a confiança no Divino Poder.
A maioria dos necessitados, porém, assume posição muito diversa. Quase todos
os doentes reclamam a atuação do Cristo, exigindo que a dádiva desça aos caprichos
perniciosos que lhes são peculiares, sem qualquer esforço pela elevação de si mesmos à
bênção do Mestre.
Raros procuram o Cristo à luz meridiana; e, de quantos lhe recebem os dons,
raríssimos são os que lhe seguem os passos no mundo.
Daí procede a ausência da legítima glorificação a Deus e a cura incompleta da
cegueira que os obscurecia, antes do primeiro contacto com a fé.
Em razão disso, a Terra está repleta dos que crêem e descrêem, estudam e não
aprendem, esperam e desesperam, ensinam e não sabem, confiam e duvidam.
Aquele que recebe dádivas pode ser somente beneficiário.
O que, porém, recebe o favor e agradece-o, vendo a luz e seguindo-a, será
redimido.
É óbvio que o mundo inteiro reclama visão com o Cristo, mas não basta ver
simplesmente; os que se circunscrevem ao ato de enxergar podem ser bons narradores,
excelentes estatísticos, entretanto, para ver e glorificar o Senhor é indispensável marchar
nas pegadas do Cristo, escalando, com Ele, a montanha do trabalho e do testemunho.

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