Se fosses o pedinte agoniado que estende a mão à bondade pública...
Se
fosses a mãezinha infeliz, atormentada pelo choro dos filhinhos que desfalecem
de fome...
Se fosses a criança que vagueia desprotegida à margem do
lar...
Se fosses o pai de família, atribulado, ante a doença e penúria
que lhe devastam a casa...
Se fosses o enfermo desamparado, suplicando
remédio...
Se fosses a criatura caída em desvalimento, implorando
compreensão...
Se fosses o obsidiado, carregando inomináveis suplícios
interiores, para desvencilhar-se das trevas...
Se fosses o velhinho
atirado às incertezas da rua...
Se fosses o necessitado que te roga
socorro, decerto perceberias com mais segurança a função da fraternidade para
sustento da vida.
Se estivéssemos no lado da dificuldade maior que a
nossa, compreenderíamos, de imediato, o imperativo da caridade incessante e do
auxílio mútuo.
Reflitamos nisso. E nós, que nos afeiçoamos a estudos
diversos, com vistas à edificação da felicidade e ao aperfeiçoamento do mundo,
façamos quanto possível, semelhante exercício de
compaixão.
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