sábado, 9 de fevereiro de 2013

Nos céus da alma

á nos permitimos um momento para contemplar o céu? Na noite: estrelas no firmamento, a lua cantada em verso e prosa pelos trovadores, poetas e apaixonados suspirantes.
Ao sol: tímido no esplendor de seus primeiros raios, nascendo altivo em toda a sua suntuosa magnitude.
Clareando, aquecendo, pouco a pouco adentra nosso lar, brindando-nos com um novo alvorecer. Pouco a pouco invade nossa alma, convidando-nos a um doce renascer.
Há quanto tempo não amanhecemos para o dia?
De repente, são tantos compromissos, tantas responsabilidades, uma invariável rotina que, quando nos damos conta, os dias se tornam todos iguais. Os sonhos de outrora vão se perdendo no sem fim de obrigações e deveres.
Quando nos apercebemos, fazemos sempre as mesmas coisas, da mesma forma, num automatismo inconsciente.
Há quanto tempo não amanhecemos para a família?
Um almoço especial com os entes queridos, uma conversa demorada com os pais, uma visita àquele familiar que nos devota tanto carinho e que, pelas infindas desculpas que damos, quase nunca vamos visitar.
Ajudar o filho a fazer a lição de casa, ouvir-lhe os planos, contar-lhe uma história, colocá-lo para dormir.
Cozinhar a dois, surpreender, reviver histórias, planejar o futuro.
Há quanto tempo não amanhecemos para nós mesmos?
Lembramo-nos daquela velha vontade de aprender a pintar, a dançar, a cantar? E do desejo de fazer aquela viagem, há tanto planejada?
Um passeio no parque, o livro que compramos e ainda não lemos, as peças de teatro e os filmes que não fomos assistir. Músicas das quais tanto gostamos e que há muito não mais ouvimos.
*  *  *
Pensemos nisso e percebamos que o céu, todo dia comporta-se da mesma maneira, mas, de forma sutil, sempre está diferente do dia anterior.
A forma das nuvens, a quantidade delas, a maior ou a menor luminosidade, a cor que se alterna entre o acinzentado e o azul radiante.
Igualmente podemos agir em nossas vidas.
Podemos conciliar nossas grandes responsabilidades sem abrir mão de nossos sonhos, de nossos objetivos, de momentos preciosos junto aos familiares.
Jesus nos disse que veio para que todos tenhamos vida e vida em abundância.
O sol é a lembrança desse desejo profundo de Jesus para que diariamente renasçamos em nós mesmos. É o convite gentil para que cultivemos com carinho nossos sonhos, nossas esperanças e para que vivamos em plenitude.
É a lembrança de que, por mais densa seja a noite, a luz é certa no porvir e trará segurança aos passos, por vezes incertos.
No céu de nossas almas, somos os responsáveis por fazer a luz brilhar. Se o dia se faz cinza, afastemos as nuvens carregadas com os bons ventos da caridade, da esperança, do amor e da fé.
Cada um tem em si o próprio céu. É o céu do espírito caminheiro que todos somos, rumo à felicidade.
Pensemos nisso!
Redação do Momento Espírita.

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