terça-feira, 5 de fevereiro de 2013

OBEDIÊNCIA JUSTA

"Que, sendo em forma de Deus não teve por
usurpação ser igual a Deus".
- Paulo. (Filipenses, 2:6).


Todos os sofrimentos dos homens, de modo geral, originam-se da pretensão de usurpar o
Divino Poder.
Orgulho, vaidade, insensatez, egoísmo, perversidade, rebeldia e opressão representam
apenas modalidades variadas dessa usurpação indébita. A guerra e o seu século
pestilencial, a tirania e o instinto revolucionário, as paixões arrasadoras e os desastres
espirituais que lhes são conseqüentes constituem-lhe as obras.
Na vastíssima paisagem de nossas existências vemos sempre a Misericórdia Divina e a
maldade humana, a Bondade Celestial e a desobediência das criaturas... Sempre, o Pai
Generoso e os filhos imprevidentes, o Deus Justo e as inteligências caídas e perversas...
Doloroso quadro... Em tudo, no planeta, a harmonia das leis do Senhor e a discórdia dos
homens, a bênção providencial ao céu e a rebeldia terrestre...
Por isso mesmo a Humanidade, como aranha gigantesca, encontra-se no milenário
labirinto, encarcerada na teia criminosa de suas próprias ações.
O coração do discípulo fiel ao Evangelho, nos dias que passam, deve revestir-se com a
vigorosa couraça da fé viva, porquanto é chamado a trabalhar numa floresta escura, onde
a maldade se tornou mais requintada e a sombra mais densa. E que guarde, sobretudo, a
serenidade confiante do trabalhador, compreendendo a necessidade dos testemunhos e
sacrifícios para todos, porque para o aprendiz sincero deve resplandecer o ensinamento
Daquele que tendo vindo ao mundo através de anúncios divinos, assinalados por uma
estrela brilhante, temido pelas autoridades de seu tempo, que transformou pescadores em
apóstolos, que curou leprosos e cegos, e levantou paralíticos de nascença, não quis
usurpar o Direito Divino e marchou, um dia, para o monte, a fim de testemunhar a
obediência justa ao Senhor Supremo da Vida, no alto de uma cruz, ante o desprezo e
ironia de todos.

Segue-me/Emmanuel/FCXavier

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