quarta-feira, 13 de fevereiro de 2013

SERVICINHOS

"Antes sede uns para com os outros benignos." - Paulo. (EFÉSIOS, 4:32.)

Grande massa de aprendizes queixa-se, por vezes, da ausência de grandes
oportunidades nos serviços do mundo.
Aqui, é alguém desgostoso por não haver obtido um cargo de alta relevância; além,
é um irmão inquieto porque ainda não conseguiu situar o nome na grande imprensa.
A maioria anda esquecida do valor dos pequenos trabalhos que se traduzem,
habitualmente, num gesto de boas maneiras, num sorriso fraterno e consolador... Um
copo de água pura, o silêncio ante o mal que não comporta esclarecimentos imediatos, um
livro santificante que se dá com amor, uma sentença carinhosa, o transporte de um fardo
pequenino, a sugestão do bem, a tolerância em face de uma conversação fastidiosa, os
favores gratuitos de alguns vinténs, a dádiva espontânea ainda que humilde, a gentileza
natural, constituem serviços de grande valor que raras pessoas tomam à justa
consideração.
Que importa a cegueira de quem recebe? que poderá significar a malevolência das
criaturas ingratas, diante do impulso afetivo dos bons corações? Quantas vezes, em outro
tempo, fomos igualmente cegos e perversos para com o Cristo, que nos tem dispensado
todos os obséquios, grandes e pequenos?
Não te mortifiques pela obtenção do ensejo de aparecer nos cartazes enormes do
mundo. Isso pode traduzir muita dificuldade e perturbação para teu espírito, agora ou
depois.
Sê benevolente para com aqueles que te rodeiam.
Não menosprezes os servicinhos úteis.
Neles repousa o bem-estar do caminho diário para quantos se congregam na
experiência humana.

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