O dia estava alegre e divertido. Os familiares estavam reunidos na
chácara dos avós para um almoço especial. Muita conversa, risada,
carinho e felicidade.
As crianças faziam algazarra. Os avós, orgulhosos, as contemplavam, alegres pela presença tão estimada dos filhos e netos.
Após deliciosa refeição, as crianças, acompanhadas por alguns adultos, reuniram-se em torno do lago existente na propriedade, a fim de aproveitarem a tarde.
Junto delas estava Raul, que contava apenas dois anos.
Por breve instante de distração de todos que ali estavam, ele se afastou do grupo e acabou por parar perto da piscina.
Movido pela curiosidade, o menino aproximou-se da água e acabou nela caindo.
O pai, assim que percebeu o fato, tirou-o da piscina e fez todas as manobras de emergência para desafogá-lo, sem muito sucesso.
Mais do que depressa, levaram-no para o hospital, onde foi prontamente atendido. Entretanto, foi com pesar que o médico responsável comunicou à família que o pequeno não havia sobrevivido ao afogamento.
Naquele momento, os pais de Raul perderam o chão. Como podia aquele menino que, há apenas alguns instantes estava brincando e alegrando suas vidas, estar morto?
A dor era grande demais. Os avós, tios e primos estavam desnorteados. Não conseguiam acreditar na triste realidade na qual estavam imersos.
Onde há pouco existira alegria, risos e diversão, agora, havia tristeza, lágrimas e dor.
Como entender tal fenômeno que, não mais que de repente, leva para longe de nós aqueles a quem amamos, a quem devotamos todos os nossos melhores sentimentos?
Como entender que aquele que estava conosco, agora partiu, nos privando de sua companhia, nos privando de seus abraços e de seu carinho?
Estranho seria pensar que Deus, infinitamente justo e bom, nos uniria em famílias, com a finalidade de nos amarmos e depois ceifaria tal sentimento com um ponto final, chamado morte.
A morte, no entanto, não é uma despedida absoluta e, sim, relativa.
A vida do homem é como o sol das regiões polares durante o estio. Desce devagar, baixa, vai enfraquecendo, parece desaparecer um instante por baixo do horizonte. É o fim, na aparência.
Mas, logo depois, torna a elevar-se, para novamente descrever sua órbita imensa no céu.
Por mais pareça que a escuridão será eterna, o sol sempre nasce outra vez, brindando-nos com sua luz radiante.
No momento oportuno, as sombras da aparente perda e da saudade darão espaço à luz do reencontro, pois o corpo, esse sim perece, mas o Espírito é viajor incessante da eternidade.
E, enquanto tal reencontro não ocorre, cultivemos os laços de amor, que permitem a sintonia com o ser amado e a certeza de que o tão esperado abraço ocorrerá.
As lágrimas, nesse nobre momento, serão expressões sinceras de duas almas que muito ansiavam por esse reencontro.
Redação do Momento Espírita, com pensamentos
extraídos do cap. 10, do livro O problema do ser, do
destino e da dor, de Léon Denis, ed. FEB
As crianças faziam algazarra. Os avós, orgulhosos, as contemplavam, alegres pela presença tão estimada dos filhos e netos.
Após deliciosa refeição, as crianças, acompanhadas por alguns adultos, reuniram-se em torno do lago existente na propriedade, a fim de aproveitarem a tarde.
Junto delas estava Raul, que contava apenas dois anos.
Por breve instante de distração de todos que ali estavam, ele se afastou do grupo e acabou por parar perto da piscina.
Movido pela curiosidade, o menino aproximou-se da água e acabou nela caindo.
O pai, assim que percebeu o fato, tirou-o da piscina e fez todas as manobras de emergência para desafogá-lo, sem muito sucesso.
Mais do que depressa, levaram-no para o hospital, onde foi prontamente atendido. Entretanto, foi com pesar que o médico responsável comunicou à família que o pequeno não havia sobrevivido ao afogamento.
Naquele momento, os pais de Raul perderam o chão. Como podia aquele menino que, há apenas alguns instantes estava brincando e alegrando suas vidas, estar morto?
A dor era grande demais. Os avós, tios e primos estavam desnorteados. Não conseguiam acreditar na triste realidade na qual estavam imersos.
Onde há pouco existira alegria, risos e diversão, agora, havia tristeza, lágrimas e dor.
Como entender tal fenômeno que, não mais que de repente, leva para longe de nós aqueles a quem amamos, a quem devotamos todos os nossos melhores sentimentos?
Como entender que aquele que estava conosco, agora partiu, nos privando de sua companhia, nos privando de seus abraços e de seu carinho?
Estranho seria pensar que Deus, infinitamente justo e bom, nos uniria em famílias, com a finalidade de nos amarmos e depois ceifaria tal sentimento com um ponto final, chamado morte.
A morte, no entanto, não é uma despedida absoluta e, sim, relativa.
A vida do homem é como o sol das regiões polares durante o estio. Desce devagar, baixa, vai enfraquecendo, parece desaparecer um instante por baixo do horizonte. É o fim, na aparência.
Mas, logo depois, torna a elevar-se, para novamente descrever sua órbita imensa no céu.
Por mais pareça que a escuridão será eterna, o sol sempre nasce outra vez, brindando-nos com sua luz radiante.
No momento oportuno, as sombras da aparente perda e da saudade darão espaço à luz do reencontro, pois o corpo, esse sim perece, mas o Espírito é viajor incessante da eternidade.
E, enquanto tal reencontro não ocorre, cultivemos os laços de amor, que permitem a sintonia com o ser amado e a certeza de que o tão esperado abraço ocorrerá.
As lágrimas, nesse nobre momento, serão expressões sinceras de duas almas que muito ansiavam por esse reencontro.
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Lembremos: a morte não é um adeus. Antes, é um até breve!extraídos do cap. 10, do livro O problema do ser, do
destino e da dor, de Léon Denis, ed. FEB
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