quinta-feira, 19 de dezembro de 2013

Mediunidade

“E nos últimos dias acontecerá, diz o Senhor, que do
meu Espírito derramarei sobre toda carne; os vossos filhos e as
vossas filhas profetizarão, vossos mancebos terão visões e os
vossos velhos sonharão sonhos.”
(ATOS, 2: 17)

No dia de Pentecostes, Jerusalém estava repleta de forasteiros. Filhos da
Mesopotâmia, da Frígia, da Líbia, do Egito, cretenses, árabes, partos e romanos se
aglomeravam na praça extensa, quando os discípulos humildes do Nazareno
anunciaram a Boa Nova, atendendo a cada grupo da multidão em seu idioma
particular.
Uma onda de surpresa e de alegria invadiu o espírito geral.
Não faltaram os cépticos, no divino concerto, atribuindo à loucura e à
embriaguez a revelação observada.
Simão Pedro destaca-se
e esclarece que se trata da luz prometida pelos céus
à escuridão da carne.
Desde esse dia, as claridades do Pentecostes jorraram sobre o mundo,
incessantemente. Até aí, os discípulos eram frágeis e indecisos, mas, dessa hora em
diante, quebram as influências do meio, curam os doentes, levantam o espírito dos
infortunados, falam aos reis da Terra em nome do Senhor.
O poder de Jesus se lhes comunicara às energias reduzidas.
Estabelecera-se
a era da mediunidade, alicerce de todas as realizações do
Cristianismo, através dos séculos.
Contra o seu influxo, trabalham, até hoje, os prejuízos morais que
avassalam os caminhos do homem, mas é sobre a mediunidade, gloriosa luz dos
céus oferecida às criaturas, no Pentecostes, que se edificam as construções
espirituais de todas as comunidades sinceras da Doutrina do Cristo e é ainda ela que,
dilatada dos apóstolos ao círculo de todos os homens, ressurge no Espiritismo
cristão, como a alma imortal do Cristianismo redivivo.

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