Quando a tempestade da cólera explode no ambiente, despedindo
granizos dilacerantes, vêmo-la por antena de amor, isolando-lhes os raios, e se
o temporal da revolta encharca os que tombam na estrada sob o visco da lama,
ei-la que surge igualmente por força neutralizante, subtraindo o lodo e
aclarando o caminho...
Remédio nas feridas profundas que se escondem na alma, ante os golpes da injúria, é bálsamo invisível, lenindo toda chaga. Socorro nobre e justo, é a luz doce da ausência ajudando e servindo onde a leviandade arroja fogo e fel. Filha da compaixão, auxilia sem paga impedindo a extensão da maldade infeliz... Ante a sua presença, a queixa descabida interrompe-se e pára e o verbo contundente empalidece e morre. Onde vibra, amparando, todo ódio contém-se, e o incêndio da impiedade apaga-se de chofre... Acessível a todos, vêmo-la em toda parte, onde o homem cultive a caridade simples, debruçando-se, pura, à maneira de aroma envolvente e sublime, anulando o veneno em que a treva se nutre... Guardemo-la conosco, onde formos chamados, sempre que o mal responde, delinqüente e sombrio, porque essa estrela oculta, ao alcance de todos, é a prece do silêncio em clima de perdão. |
pelo Espírito Emmanuel - Do livro: Paz e Renovação, Médium: Francisco Cândido Xavier |
sexta-feira, 10 de janeiro de 2014
Estrela Oculta
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