Na reunião mediúnica:
– Generoso mentor, estamos desolados. Tanta gente que não faz falta,
tantos freqüentadores ociosos de nossa instituição escapam de graves
acidentes de automóvel… Por que nosso companheiro, tão útil, tão
trabalhador, tão dedicado, haveria de morrer assim?!
– Deus sabe o que faz. Ele possuía débitos do passado que justificaram semelhante experiência.
– Sim, mas temos aprendido com a Doutrina Espírita que exercitando o bem
hoje, neutralizamos o mal praticado ontem. Certamente terá removido
montanhas de débitos…
– Isso não foi esquecido. Está muito bem amparado.
– Pagaria muito mais se aqui continuasse. Uma moratória não teria sido um bom investimento da espiritualidade?
– Você está analisando o assunto sob a ótica humana. Para ele aconteceu o melhor.
– A morte?
– Sim. O acidente era um encontro marcado. Pela natureza de seus
compromissos deveria ficar preso ao leito, em total imobilidade, por
vários anos. No entanto, em face de seus méritos foi providenciado seu
retorno à espiritualidade, dispensado-o de semelhante sofrimento.
Assumirá novas funções, compatíveis com as conquistas alcançadas, e
produzirá ainda mais entre nós.
– Como faremos sem ele? Estamos meio perdidos. Era nosso líder, nosso esteio…
– Sigam seus exemplos, assumam as tarefas que eram dele. Façam o melhor
possível. Aliviem seus débitos. Vocês também têm encontro marcado com a
adversidade.
***
Bem-aventurados os misericordiosos, porque alcançarão misericórdia.
Mateus, 5:7
Livro O Céu ao Nosso Alcance/Richard Simonetti
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