sexta-feira, 23 de maio de 2014

SOBREVIVÊNCIA

Enquanto encarnados no Planeta Terrestre, um tipo de sobrevivência nos interessa,
sobremaneira, além daquele para o qual se nos dirigem os pensamentos para lá da morte
física: - a sobrevivência, depois de rudes golpes sofridos. Particularmente, no mundo moral,
semelhantes provas repontam com freqüência.
É o prejuízo inesperado, a confiança escarnecida, a perseguição com que se não contava, a
incompreensão de pessoas queridas.
Noutros lances da existência, é ruptura de laços afetivos, a transformação violenta que os
desastres impõem, o obstáculo imprevisto, os pensamentos da solidão.
Em todos esses episódios amargos, lembrando trechos incendiados de caminho, a criatura é
habitualmente induzida a processos de angústia dos quais se retira, quase sempre em
perigoso desgaste.
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Urge reconhecer que a serenidade nos deve partilhar a viagem terrena, a fim de que a aflição
não se nos faça exaustor de energias.
Abstenhamo-nos da tensão emocional, como quem se previne contra a incursão de moléstia
grave; os agentes imunológicos, nesse sentido, são sempre o amor que desterra o ódio, a
paciência que exclui a irritação, a humildade que afasta a inveja e a prestação de serviço que
anula a desconfiança.
Aprendamos a observar que o desequilíbrio é precursor provável de doença que, não raro,
termina com a desencarnação prematura e procuremos certificar-nos de que, nas lutas com
que somos testados, na Terra e fora da Terra, na escola da experiência, é necessário
saibamos não somente a viver e aperfeiçoar, mas também a suportar e sobreviver.

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