Páginas

sexta-feira, 20 de junho de 2014

Confiança

A confiança nas próprias forças enche o homem de coragem e disposição para lutar.
Quem não acredita em si mesmo assume uma postura derrotista.
Antes mesmo de tentar, já admite a derrota.
Todo empreendimento pressupõe planejamento, estratégia e trabalho a ser realizado.
Mas a confiança da possibilidade da vitória é imprescindível para que ela ocorra.
Alguns percalços sempre surgem na realização de uma obra de vulto.
O pessimista vê neles uma confirmação de sua incompetência.
O otimista procura aprender com o malogro, faz ajustes na rota, mas persiste no propósito.
A confiança não é necessária apenas em relação a aspectos materiais da existência humana.
Ela também é imprescindível em questões morais e espirituais.
­Muitas pessoas não se dedicam ao burilamento de seu caráter porque acham isso impossível.
Acreditam que seus vícios são herança genética e se conformam com eles.
Assumem que a gula, o egoísmo, a preguiça e a maledicência são características suas.
Imaginam que defeitos morais são imutáveis como a cor dos olhos e a altura.
Entretanto, estão errados.
O corpo não dá defeitos e virtudes a ninguém.
Se fosse assim, a santidade seria apenas um acidente da natureza e não representaria nenhum mérito.
Do mesmo modo, a crueldade e a violência seriam mera decorrência da organização física.
O Espiritismo ensina que todos os Espíritos são anjos em potencial.
Possuem em germe todas as virtudes, mas cada um deve trabalhar para desenvolver seus talentos e habilidades.
A transição da ignorância para a angelitude constitui um caminho muito longo.
Ele pressupõe inumeráveis encarnações para completar-se.
No processo evolutivo, o Espírito, às vezes, erra e, às vezes, acerta.
Gradualmente, vai ganhando lucidez e tornando-se mais assertivo.
Sempre é necessário reparar os estragos causados nas experiências infelizes.
Entretanto, a cada nova experiência o Espírito acumula aprendizado e amplia as possibilidades de agir corretamente.
Habilidades intelectuais e artísticas, virtudes e afinidades constituem a herança do que se viveu.
Mas também velhos hábitos equivocados deixam sua marca.
Assim, as tendências atuais, boas ou más, são o resultado de experiências do passado.
Se um homem é violento, a violência não decorre de seu físico, mas de seu Espírito.
Um Espírito pacífico e equilibrado não será violento, mesmo se animar um corpo de aparência extremamente rude.
Assim, é importante assumir a integral responsabilidade pelo que se é.
Quaisquer que sejam suas características, você se construiu assim.
Mas está inteiramente em suas mãos modificar-se.
Seu destino é a angelitude.
Todas as virtudes dos anjos encontram-se latentes em você.
Compenetre-se dessa verdade e assuma que se tornar alguém  maravilhoso depende apenas de sua vontade, de seu esforço.
Certamente não é fácil romper com velhos hábitos.
Calar a maledicência, cessar o julgamento leviano do próximo, domar a gula, disciplinar a sexualidade, tudo isso exige uma boa dose de esforço.
O mesmo se dá com o desenvolvimento da compaixão, do gosto por leituras sérias e por conversas construtivas.
Entretanto, é possível.
Você foi criado para ser um anjo pleno de amor e sabedoria.
Tenha confiança em seu luminoso destino e lute bravamente para atingi-lo.
Só depende de você.

Redação do Momento Espírita.
Em 19.6.2014.

Nenhum comentário:

Postar um comentário