Senhor Jesus!
Concedeste-nos os entes queridos por tesouros que nos empresta.
Ensinai-nos a considerá-los e aceitá-los em sua verdadeira condição de filhos de Deus, tanto
quanto nós, com necessidades e esperanças semelhantes às nossas. Faze-nos, porém,
observar que aspiram a gêneros de felicidade diferente da nossa e ajuda-nos a não lhes
violentar o sentimento em nome do amor, no propósito inconsciente de escravizá-los aos
nossos pontos de vista.
Quando tristes, transforma-nos em bênçãos capazes de apoiá-los na restauração da própria
segurança e, quando alegres e triunfantes nos ideais que abraçam, não nos deixe na sombra
do egoísmo ou da inveja, mas sim ilumina-nos o entendimento para que lhes saibamos
acrescentar a paz e a esperança.
Conserva-nos no respeito que lhes devemos, sem exigir-lhes testemunhos de afeto ou de
apreço, em desacordo com os recursos de que disponham.
Auxilia-nos a ser gratos pelo bem que nos fazem, sem reclamar-lhes benefícios ou
vantagens, homenagens ou gratificações que não nos possam proporcionar.
Esclarece-nos para que lhe vejamos unicamente as qualidades, ajudando-nos a nos
determos nisso, entendendo que os prováveis defeitos de que se mostram ainda portadores
desaparecerão no amparo de tua benção.
E, se um dia, viermos a surpreender alguns deles em experiências menos felizes, dá-nos a
força de compreender que não será reprovando ou condenando que lhes conquistaremos os
corações, e sim entregando-os a Ti, através da oração, porque apenas Tu, Senhor, pode
sondar o íntimo de nossas almas e guiar-nos o passo para o reequilíbrio nas Leis de Deus.
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