terça-feira, 10 de junho de 2014

PACIÊNCIA E VIDA

Estudo necessário da paciência: observar cada um de nós face a própria conduta nas
relações humanas e no reduto doméstico.
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Sabemos compreender habitualmente os assaltos morais de inimigos gratuitos, obrigandonos
a refletir quanto à melhor forma de auxiliá-los para que se renovem construtivamente em
seus pontos de vista, e, em muitos casos, esbravejamos contra o desagrado de uma criança
que a doença incomoda.
Aprendemos a suportar com serenidade e entendimento, prejuízos enormes da parte de
amigos, nos quais depositávamos confiança e carinho, buscando encontrar modo seguro de
ajudá-los para o resgate preciso e, muitas vezes, condenamos asperamente pequenas
despesas naturais de entes queridos, credores insofismáveis de nosso reconhecimento e
ternura.
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A tolerância para com superiores e subalternos, colegas e associados, familiares e amigos
íntimos é realmente o recurso da vida em que se nos erige o metro do burilamento moral.
Isso porque, conquanto a beneficência se mostre sempre sublime e respeitável, em todas as
suas manifestações e atributos, é sempre muito mais fácil colaborar em campanhas públicas
em auxílio da Humanidade ou prestigiar pessoas
com as quais não estejamos ligados por vínculos de compromisso e obrigação que tolerar
com calma e compreensão, os contratempos mínimos e as diminutas humilhações no
ambiente individual.
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Paciência por isso mesmo, em sua luminosa autenticidade Há de ser aprendida, sentida,
sofrida, exercitada e consolidada junto daqueles que nos povoam as áreas do dia-a-dia, se
quisermos esculpi-la por realização imorredoura no mundo da própria alma.
Preguemos e ensinemos quanto nos seja possível os méritos da paciência, no entanto,
examinemos as próprias reações da experiência íntima à frente de quantos nos
compartilham a luta cotidiana, na condição de sócios da parentela e do trabalho, do ideal e
das tarefas de cada dia e, perguntemos com sinceridade a nós próprios se estamos usando
de paciência para com eles e para com todos os outros companheiros da Humanidade,
assim como estamos incessantemente tolerados e amparados pela paciência de Deus.

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