“Amai os vossos inimigos e orai pelos que vos perseguem.” – Jesus. (Mateus. 5:44.)
O caminho de Jesus é de vitória da luz sobre as trevas e, por isso mesmo, repleto de obstáculos a vencer. Senda de espinhos gerando flores, calvário e cruz indicando ressurreição... O próprio Mestre, desde o início do apostolado, desvenda às criaturas o retiro da elevação pelo sacrifício. Sofre, renunciando ao divino esplendor do Céu, para acomodar-se à sombra terrestre na estrebaria. Experimenta a incompreensão de sua época. Auxilia sem paga. Serve sem recompensa. Padece a desconfiança dos mais amados. Depois de oferecer sublime espetáculo de abnegação e grandeza, é içado ao madeiro por malfeitor comum. Ainda assim, perdoa aos verdugos, olvida as ofensas e volta do túmulo para ajudar. Todos os seus companheiros de ministério, restaurados na confiança, testemunharam a Boa Nova, atravessando dificuldade e luta, martírio e flagelação. Inúteis, desse modo, nos círculos de nossa fé, os petitórios de protecionismo e vantagens inferiores. Ressurgindo no Espiritismo, o Evangelho faz-nos sentir que tornamos à carne para regenerar e reaprender. Com o corpo físico, retomamos nossos débitos, nossas deficiências, nossas fraquezas e nossas aversões... E não superaremos os entraves da própria liberação, providenciando ajuste inadequado com os nossos desejos inconseqüentes. Acusar, reclamar, queixar-se, não são verbos conjugáveis no campo de nossos princípios. Disse-nos o Senhor -"Amai os vossos inimigos e orai pelos que vos perseguem.” Isso não quer dizer que devamos ajoelhar em pranto de penitência pé de nossos adversários, mas sim que nos compete viver de tal modo que eles se sintam auxiliados por nossa atitude e por nosso exemplo, renovando-se para a o bem, de vez que, enquanto houver crime e sofrimento, ignorância e miséria no mundo, não podemos encontrar sobre a Terra a luz do Reino do Céu.
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