A Netflix continua trazendo bons documentários sobre temas interessantes. Novamente a série Mistérios Sem Solução, que na primeira temporada falou do OVNI de Berkshire, agora traz um episódio sobre os Espíritos pós-tsunami, onde moradores de Ishinomaki, no Japão, contam as histórias dos fantasmas das vítimas do Tsunami de 2011 que perambulavam pela cidade em busca de entender o que aconteceu, sem saber que estavam mortos.
O Tsunami de 2011 (provocado pelo terremoto que afetou todo o país) provocou ondas de 40 metros e matou perto de 20 mil pessoas, além de causar um acidente nuclear em Fukushima. Apesar do Japão estar sempre preparado para Tsunamis, com treinamentos e um povo ordeiro, ninguém imaginava que as águas pudessem entrar tão para dentro do país. E assim muitas pessoas foram pegas de surpresa. Nesse mundo esotérico nós sabemos que mortes traumáticas, especialmente coletivas, causam uma perturbação não só no mundo físico e psíquico (óbvio), mas também isso fica impregnado, de alguma forma, no astral. E não é difícil termos relatos de “fantasmas” (seja lá o que for isso) em lugares como Nova Orleans, onde 1.800 morreram por causa do Furacão Katrina, como também no Tsunami da Tailândia.
É esta a “beleza” que me fez escrever esse post. Três lugares diferentes, com religiões e culturas diferentes em relação ao pós-morte, mas é um fenômeno que simplesmente ACONTECE e não deveria ser ignorado pela ciência (mas, de alguma forma, sempre é).
No episódio da Netflix vemos como taxistas passaram a pegar passageiros que, ao chegar no destino simplesmente DESAPARECIAM de dentro dos carros (assim como na Tailândia), e também acompanhamos um caso interessantíssimo de exorcismo japonês, onde o próprio monge budista admite que está fora dos cânones, mas funcionou. Esse “exorcismo” (que não tem nada do drama de Hollywood nem espíritos ruins) é algo que se faz comumente aqui no Brasil, em centros espíritas. Aparentemente certos espíritos (talvez mais do que a gente pense) ficam num “limbo”, revivendo o momento da morte e presos ao trauma, sem que espíritos socorristas possam ajudá-los, pois não conseguem (por motivos vibracionais ou psicológicos, não sei) acessar esses “filmes”. Então é preciso que um médium incorpore este espírito, fazendo com que traga toda aquela carga físico / mental pra um nível mais terreno, onde esse choque permite que o espírito se “desarme” e fique mais acessível a que espíritos socorristas o levem pra outro nível. No caso do documentário era uma menina que estava se culpando por ter largado a mão do irmãozinho quando ambos foram pegos (e mortos) pela onda. Ela queria se desculpar com a mãe. No caso a esposa do monge japonês fez o papel da mãe, e aquela carga emocional foi enfim liberada e, o mais interessante, a esposa diz ao espírito, intuitivamente: “Vamos caminhar em direção à luz”. E então o espírito vai embora. Uma fantástica demonstração de como compartilhamos sem saber certos métodos pra lidar com o sobrenatural. Essa última parte me lembrou inclusive a Constelação Familiar, onde pessoas assumem o papel de outras e, num nível psicológico, essa transferência funciona liberando emoções represadas. Se funciona com vivos, por que não funcionaria com mortos?
Eu presenciei momentos como esses e falas quase iguais diversas vezes. Espíritos algumas vezes presos em seus traumas desde o tempo dos escravos. Tempo e espaço pelo visto pouco importam. Até a série Lúcifer (também Netflix) traz esse limbo, onde os eventos se repetem, como uma forma de punição (Inferno). Sim, mas na realidade é uma punição auto-inflingida. Nem sempre por culpa, às vezes trauma, raiva ou ignorância. Por isso é tão importante a educação sobre o “outro mundo“. E sabemos tão pouco… Por isso no Nepal existia um MANUAL pós-morte, conhecido como Bardo Thodol o Livro Tibetano dos Mortos.
Fonte:Saindo da Matrix
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