“Palavra fiel é esta e digna de toda a aceitação: que Cristo Jesus veio ao mundo para salvar os pecadores...”- Paulo. (I TIMÓTEO, 1:15.)
É digna de nota a afirmativa do Apóstolo, asseverando que Jesus veio ao mundo salvar os pecadores, para reconhecermos que salvar não significa arrebatar os filhos de Deus à lama da Terra para que fulgurem, de imediato, entre os anjos do Céu. Assinalemos que, logo após a passagem do Senhor entre as criaturas, a fisionomia íntima dos homens, de modo geral, era a mesma do tempo que lhe antecedera a vinda gloriosa.
Mantinham-se os romanos no galope de conquista ao poder, os judeus permaneciam algemados a racismo infeliz, os egípcios desciam à decadência, os gregos demoravam-se sorridentes e impassíveis, em sua filosofia recamada de dúvidas e prazeres. Os senhores continuavam senhores, os escravos prosseguiam escravos... Todavia, o espírito humano sofrera profunda alterações. As criaturas, ao toque do exemplo e da palavra do Cristo, acordavam para a verdadeira fraternidade, e a redenção, por chama divina, começou a clarear os obscuros caminhos da Terra, renovando o semblante moral dos povos... Salvar-se, pois, não será subir ao Céu com alparcas do favoritismo religioso, mas sim converter-se ao trabalho incessante do bem, para que o mal se extinga no mundo. Salvou-nos o Cristo ensinando-nos como reerguer-nos da treva para a luz. Salvar é, portanto, levantar, iluminar, ajudar e enobrecer, e salvar-se é educar-se alguém para educar os outros.
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