Irmão José
D. Maria Rita era médium de incorporação.
Embora os achaques constantes, era devotada ao serviço.
Trabalhava com afinco, organizando a sopa que o Centro Espírita oferecia aos
mais carentes.
Confeccionava enxovais para os recém-nascidos.
Aplicava passes aos enfermos.
Orientava os jovens.
No entanto, estava sempre atormentada por muitas dores. Distúrbios
estomacais, cefaléias, reumatismo...
Um dia, logo após deitar-se, saiu de forma consciente do corpo, encontrandose com Logogrifo, o vigilante guia espiritual que lhe orientava as atividades da
terra.
Bondoso amigo – principiou por dizer a serva do bem – tenho feito o que
posso...Luto comigo mesma para perseverar na tarefa, mas o meu fardo pesa
muito...Peço-lhe que interceda por minha saúde, pois estou cansada de médicos e
remédios...
E meio sem jeito, arrematou: Será que já não tenho merecimento suficiente
para me livrar de vez dos males que me atormentam?!
Fitando-a, sorridente e afável, o protetor simplesmente indaga: Minha irmã, e
se você se liberasse dessas pequeninas indisposições orgânicas que a mantêm
vinculada à fé, distanciando-se do caminho em que vem cumprindo com fidelidade
os deveres que competem?!
D. Maria Rita nada respondeu, contudo dali para frente, o seu semblante, antes
carregado e taciturno, iluminou-se de uma nova alegria.
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