TRÊS CONCLUSÕES

 

 Emmanuel

O QUE OS OUTROS PENSAM.

Aquilo que os outros pensam é Idéia deles.

Não podemos usufruir-lhes a cabeça para imprimir-lhes as interpretações de que

são capazes diante da vida.

Um indígena e um físico contemplam a luz, mantendo conceitos

absolutamente antagônicos entre si.

Acontece o mesmo na vida moral.

Precisamos nutrir o cérebro de pensamentos limpos, mas não está em nosso

poder exigir que os semelhantes pensem como nós.

O QUE OS OUTROS FALAM.

A palavra dos amigos e adversários, dos conhecidos e desconhecidos é criação

verbal que lhes pertence.

Expressam-se como podem e comentam as ocorrências do dia a dia, com os

sentimentos dignos ou menos Dignos de que são portadores.

Efetivamente, é dever nosso cultivar a conversação criteriosa; entretanto, não

dispomos de meios para interferir na manifestação pessoal dos entes que nos

cercam, por mais caros se nos façam.

O QUE OS OUTROS FAZEM

A atividade dos nossos irmãos é fruto de escolha e resolução que lhes cabe.

Sabemos que a Sabedoria Divina não nos criou para cópias uns dos outros.

cada consciência é domínio à parte.

As criaturas que nos rodeiam decerto que agem com excelentes

intenções, nessa ou naquela esfera de trabalho e, se ainda não conseguem

compreender o mérito da sinceridade e do serviço ao próximo, isso é problema que

lhes compete.

Fácil deduzir que não nos é lícito fugir da ação nobilitante, em benefício de nós

mesmos, mas não nos cabe impor pareceres nas decisões alheias, que o próprio

Criador deixa livres.

À vista disso, cooperamos com os outros e recebamos dos outros o auxílio de

que carecemos, acatando a todos, mas sem perder tempo com o que Possam

pensar, falar e fazer.

Em suma, respeito para os outros e responsabilidade para nós.

Comentários