Nas Relações Humanas ***

 

Emmanuel


 Cristo nas relações humanas começará no homem com Cristo, ou a civilização

genuinamente cristã não passará no mundo de fábula brilhante de nova mitologia.

 Para isso é imprescindível que nos afeiçoemos, em verdade, ao Espírito dos Evangelhos,

para consolidarmos na Terra o verdadeiro reinado do Espírito. 

Não nos basta à mística do templo organizado com todos os recursos para a exaltação do

culto externo de nossa fé.

 Nos santuários de pedra e ouro, o Mestre Divino jaz encerrado à maneira de um morto

ilustre, cercado de frases fulgurantes no cenotáfio que lhe conserva os despojos.

 Somos atualmente convocados, não mais a consagração do serviço religioso encarcerado

no círculo da interpretação literal, mas à religião viva do exemplo, sentido e vivido com o nosso

coração e com o nosso sangue, com o nosso ideal e com o nosso suor para que o hino espiritual

do Evangelho, espraiando-se da nossa área individual de compreensão, se estenda a todas as

criaturas, anunciando ao Planeta um Novo Dia...

 É por isso que o selo do sacrifício nos valoriza o caminho, é por esse motivo que a dor e a

luta se transformam em clima incessante de todos os que abraçam na Boa Nova o roteiro da

libertação que lhes é própria.

 A descrucificação de Jesus é o nosso trabalho primordial, para que os braços do Celeste

Amigo, usando os nossos, penetrem o coração da humanidade, soerguendo-a aos níveis

superiores que lhe cabe atingir.

 Nossa estrada, em razão disso, se converte em respeitável indicação para aqueles que,

ainda, não nos partilham o entendimento.

 Nossas atitudes e nossas palavras, nossas dores superadas e nossas ansiedades vencidas

constituem páginas de amor e luz que os outros lêem, habilitando-se à grande e abençoada

renovação.

 Situemos o Senhor que buscamos, compreendendo o mundo, e servindo aos nossos

semelhantes, através dos seus olhos e inspirados em seus padrões superiores, venceremos os

desafios do tempo, reduzindo séculos e milênios na construção do Reino Divino que o antigo

espaço da Terra aguarda de nossas mãos. 

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