Emmanuel
Cristo nas relações humanas começará no homem com Cristo, ou a civilização
genuinamente cristã não passará no mundo de fábula brilhante de nova mitologia.
Para isso é imprescindível que nos afeiçoemos, em verdade, ao Espírito dos Evangelhos,
para consolidarmos na Terra o verdadeiro reinado do Espírito.
Não nos basta à mística do templo organizado com todos os recursos para a exaltação do
culto externo de nossa fé.
Nos santuários de pedra e ouro, o Mestre Divino jaz encerrado à maneira de um morto
ilustre, cercado de frases fulgurantes no cenotáfio que lhe conserva os despojos.
Somos atualmente convocados, não mais a consagração do serviço religioso encarcerado
no círculo da interpretação literal, mas à religião viva do exemplo, sentido e vivido com o nosso
coração e com o nosso sangue, com o nosso ideal e com o nosso suor para que o hino espiritual
do Evangelho, espraiando-se da nossa área individual de compreensão, se estenda a todas as
criaturas, anunciando ao Planeta um Novo Dia...
É por isso que o selo do sacrifício nos valoriza o caminho, é por esse motivo que a dor e a
luta se transformam em clima incessante de todos os que abraçam na Boa Nova o roteiro da
libertação que lhes é própria.
A descrucificação de Jesus é o nosso trabalho primordial, para que os braços do Celeste
Amigo, usando os nossos, penetrem o coração da humanidade, soerguendo-a aos níveis
superiores que lhe cabe atingir.
Nossa estrada, em razão disso, se converte em respeitável indicação para aqueles que,
ainda, não nos partilham o entendimento.
Nossas atitudes e nossas palavras, nossas dores superadas e nossas ansiedades vencidas
constituem páginas de amor e luz que os outros lêem, habilitando-se à grande e abençoada
renovação.
Situemos o Senhor que buscamos, compreendendo o mundo, e servindo aos nossos
semelhantes, através dos seus olhos e inspirados em seus padrões superiores, venceremos os
desafios do tempo, reduzindo séculos e milênios na construção do Reino Divino que o antigo
espaço da Terra aguarda de nossas mãos.
Comentários
Postar um comentário