Emmanuel
Assinalas contigo o fenômeno mediúnico e ante as emoções diferentes que te
invadem o mundo íntimo, experimentas a perturbação e a dor... – o –
Em vista disso, rogas orientação e socorro.
Não olvides, porém, que o problema reside em ti mesmo e que não te reajustarás
sem a própria cooperação. – o –
O médico poderá ser competente e caritativo, entretanto, não dispõe de recursos
para salvar o enfermo que não deseja curar-se. – o –
Se pretendes equilíbrio e segurança, antes de tudo, através da oração, solicita à
Divina Providência te auxilie a policiar a própria mente, sustentando o bem a teu
próprio favor.
Em seguida, trabalha na extensão desse mesmo bem, quanto estiver ao teu
alcance, porque todos os processos de obsessão, quase sempre nascidos da força
mediúnica inconsciente, crescem na medida de tuas horas inúteis. – o –
Assim sendo, ainda mesmo com sacrifício cumpre teus deveres no lar ou no círculo
de trabalho em que o Senhor te situou a existência, empregando o cérebro e o
coração naquilo que possas realizar de melhor. E, além das obrigações naturais que
te enriquecem a luta, refugia-te no estudo nobre e na caridade incansável,
alavancas seguras de tua libertação. – o –
O livro edificante opera o saneamento da alma, descerrando-te os mais elevados
caminhos da Terra e o serviço prestado desinteressadamente ao próximo ampara
te com os valores da simpatia, angariando-te as bênçãos do Céu. – o –
O doente a quem ajudas será remédio em tuas feridas e o desesperado a quem
reconfortas será consolo em teu coração. – o –
Não reclames do Cristo o milagre de teu reajuste. Pede ao Mestre Divino te conceda
serviço e entendimento, para que restaures a ti próprio, enfileirando-te entre os
servidores leais da luz. – o –
Não te queixes dos adversários e perseguidores desencarnados. Eles são nossos
próprios companheiros, afetos do nosso “ontem”, que deixamos à retaguarda, em
muitas circunstâncias, envenenados por nossas próprias ações destrutivas.
Se aguardamos proteção e carinho dos benfeitores que se erguem na Altura, acima
de nós, como fugir ao concurso aos nossos irmãos menos felizes, que sofrem,
dementados, entre a delinqüência e a miséria, para que se retirem do tenebroso
vale das sombras, ao qual, muitas vezes, se arrojaram com o impensado impulso
de nossas mãos? – o –
Oferece-lhes, assim, o teu exemplo vivo na paciência e na abnegação, na fé e na
caridade, na tolerância e no dever dignamente cumprido, para que leiam em tua
vida a cartilha da própria transformação. – o –
Não basta, pois, desenvolver a mediunidade que trazes, latente. É indispensável te
aprimores, através do trabalho e da prece, com bases na fraternidade e no estudo,
para que te faças operário do Cristo com que o Cristo possa contar. – o –
Não percas tempo, entre o anestésico do desânimo e o fel da lamentação. – o –
Devotemo-nos ao bem de todos, aprendendo e auxiliando, amando e servindo
sempre.
Ser “médium” significa ser “medianeiro”.
Ser “médium” significa ser “medianeiro”. – o –
Não vale, desse modo, apenas guardar o título. É imprescindível a nossa expansão
no discernimento e no mérito, na compreensão e na bondade, com utilidade para
os outros e aperfeiçoamento de nós mesmos, que nos habilitem a ser devotados
artífices do amor e fiéis mensageiros da luz.
Comentários
Postar um comentário