Não te
encerres no passado, com a suposição de honrar a vida. Cada tempo da
criatura na Terra se caracteriza por determinada grandeza, que não será
lícito falsear. A infância tem a suavidade da semente que germina; a
juventude guarda o encanto da flor que desabrocha e a madureza apresenta a
glória tranqüila da árvore frutescente.
Não julgues
que ames a alguém sem que lhe compreendas as necessidades de cada período
da existência. A isso nos reportamos a fim de que ajudes positivamente
aos seres queridos que te precederam na grande romagem da desencarnação.
Sem dúvida, agradecem eles o carinho com que lhe conservas o retrato da
forma física ultrapassada; contudo, ser-te-ão muito mais reconhecidos
sempre que lhes reconstituas a presença através de algum ato de bondade a
favor de alguém, cuja memória agradecida lhes recorde o semblante em
momentos de alegria e de amor, que nem sempre no mundo puderam cultivar.
Decerto,
sensibilizam-se ante a flor que lhes ofertas às cinzas, mas se regozijam
muito mais com o socorro que faças a quem sofre, doado em nome deles, pelo
qual se sentem mais atuantes e mais vivos, junto daqueles que ficaram...
Quando
mentalizes os supostos desaparecidos na voragem da morte, pensa neles do
ponto de vista da imortalidade e do progresso. Um coração materno tem o
direito de guardar por relíquias as roupas enfeitadas e curtas dos
filhinhos que acalentou no berço, mas seria loucura impor-lhes a obrigação
de usá-las, depois de homens feitos, sob o pretexto de que somente assim
lhe retribuirão devotamento e ternura.
Reverencia
aqueles que partiram na direção da Vida Maior, mas converte saudade e
pesar em esperança e serviço ao próximo, trabalhando com eles e por eles,
em termos de confiança e reconforto, bondade e união, porquanto eles
todos, acima de tudo, são companheiros renovados e ativos, aos quais
fatalmente, um dia, te reunirás.
Livro:
Encontro marcado - Emmanuel – Chico Xavier
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terça-feira, 1 de novembro de 2011
EM FAVOR DOS DESENCARNADOS
Tema – Meditação
ante os que partiram
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