Michelangelo foi considerado um dos maiores artistas de seu tempo. Foi pintor, escultor, poeta e arquiteto italiano. Várias de suas criações estão entre as mais célebres da arte ocidental.
Ao longo dos séculos e até os dias de hoje, é considerado protótipo de gênio.
Desenvolveu o seu trabalho artístico por mais de setenta anos, entre as cidades italianas de Florença e Roma.
Projetou
diversos edifícios e escreveu grande número de poesias. No entanto,
muitos de nós o conhecemos principalmente por sua habilidade como
escultor, ocupação que ele mesmo apontava como a sua preferida.
Dentre suas obras estão a pintura do teto da Capela Sistina e as esculturas em mármore de David e a Pietà, esta que representa Maria com Jesus nos braços após a Sua crucificação.
Ao
observarmos suas esculturas, a sensação que nos invade é de que bastará
que uma leve brisa se apresente para que elas ganhem vida e movimento,
tamanha perfeição apresentam.
Ele permanece como um dos poucos artistas capazes de expressar a experiência do belo e do sublime numa dimensão tão exata.
Se víssemos Michelangelo atacando o mármore a martelo e cinzel, talvez nos perguntássemos se ele teria algo contra o mármore.
Ele
sabia que, dentro daquela pedra bruta, estava guardada a sua obra de
arte. Precisava não ter dó do mármore para que sua ideia se
concretizasse.
Onde estariam tantas de suas obras se ele tivesse sido complacente com o mármore?
Essa
imagem nos leva a fazer um paralelo com a educação dos nossos filhos.
Refletirmos sobre a melhor maneira de conduzir esses seres maravilhosos
que nos foram emprestados por Deus.
Assim
como Michelangelo foi capaz de usar as mãos com uma habilidade
incomparável e com um toque divino, que nós, pais, possamos encarar a
educação como a arte de moldar o caráter.
E não existe nada mais contrário à arte do que deixar a matéria-prima do jeito em que está.
Enquanto
Espíritos imortais, é certo que tanto nós quanto nossos filhos, já
trazemos uma beleza própria, assim como a pedra bruta do mármore.
Porém,
precisamos de lapidação e modelagem para alcançar o grande objetivo da
encarnação que é o progresso individual e a melhoria de si mesmo, e
assim, fazer surgir com mais intensidade o brilho e a beleza.
E aos pais foi confiada essa missão. Têm o dever de colocar todo o amor para aproximar essas almas de Deus.
Enquanto
educadores, os pais não devem ter complacência em excesso com os
filhos, devem saber usar ora com firmeza, ora com delicadeza, todas as
ferramentas que Deus colocou à disposição para exercer a arte de educar.
Indicar-lhes o caminho correto através do exemplo, orientá-los todo
o tempo sobre os verdadeiros valores da vida, mostrar-lhes que podem
pouco a pouco irem se transformando e vencendo suas próprias
imperfeições.
Que,
na qualidade de pais, possamos ser pintores, arquitetos e escultores
das almas de nossos filhos, ajudando-os a se transformarem em
verdadeiras obras de arte.
Isso
para que sejam criaturas que se dignifiquem por todas as dores que
acalentam, pela paz que semeiam, por todos os sorrisos que despertam e
por todo o bem que façam.
Redação do Momento Espírita.
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