O VELHO E O NOVO TESTAMENTO

 

Entre o Velho e o Novo Testamento encontram-se diferenças

profundas e singulares, que se revelam, muitas vezes, como fortes

contrastes ao espírito observador, ansioso pelas equações imediatas da

experiência religiosa.

O Velho Testamento é a revelação da Lei. O Novo é a revelação do

Amor. O primeiro consubstancia elevadas experiências dos homens de

Deus, que procuravam a visão verdadeira do Pai e de sua Casa de infinitas

maravilhas. O segundo representa a mensagem de Deus a todos os que

O buscam no caminho do mundo.

Com o primeiro, o homem bateu à porta da morada paternal,

perseguido pelas aflições, que lhe flagelavam a alma, atribulado com os

problemas torturantes da vida. O Evangelho é a porta que se abriu, para

que os filhos amorosos fossem recebidos. No Velho Testamento, a estrada

é longa e, vezes sem conta, as criaturas humanas desfaleceram entre os

sofrimentos e as perplexidades. No Novo, é a estrela da manhã espiritual,

resplandecendo de amor infinito, no céu de uma nova compreensão.

No primeiro, é o esforço humano. O Evangelho é a resposta

divina.

A Bíblia reúne o Trabalho Santificador e a Coroa da Alegria.

O Profeta é o Operário. Jesus é o Salário na Revelação Maior. Eis

porque, com o Cristo, se estabeleceu o caminho, depois da procura

torturante. E é por esse caminho que a alma do homem se libertará da

Babilônia do mal, que sempre lançou o incêndio no mundo, em todos os

tempos.

A Bíblia, desse modo, é o divino encontro dos filhos da Terra com o

seu Pai. Suas imagens são profundas e sagradas. De suas palavras, nem

uma só se perderá.

Um dia, no cimo do monte da redenção, os homens entregar-se ão, de braços abertos, ao seu Salvador e a seu Mestre. Então, nessa hora

sublime, resplandecerá, para todas as consciências da Terra, a Palavra de

Deus.


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