Se hoje você tem orgulho do que conquistou, lembre-se de quem segurou sua mão no início da caminhada. ***
No restaurante chique, o velho meteu a mão no prato e começou a comer, fazendo bolinho de arroz no meio de todo mundo.
— Desculpe, filho, mas eu não sei comer com garfo e faca. Se você se sentir envergonhado, pode me deixar sozinho. Mas vou comer do meu jeito — disse ele.
O filho o abraçou e respondeu:
— Que é isso, pai? Se for pra passar vergonha, a gente passa nós dois juntos.
As mãos daquele senhor de setenta anos não tinham firmeza e tremiam muito. Por isso, ele se sujou todo. Sujou a camisa branca com ketchup e caldo, atraindo os olhares de todos no restaurante. Mas o filho permaneceu ao seu lado.
Com carinho e amor, o filho colocou comida na boca do pai, pegou o papel toalha e limpou sua barba. Limpou também a camisa.
Após terminarem a refeição, enquanto todos observavam, o filho levou o pai até o banheiro. Lavou seus lábios com cuidado, trocou a camisa suja por outra limpinha e cheirosa, penteou seu cabelo com delicadeza, abotoou a camisa e ajeitou os óculos.
O velho pai, sentindo-se mais confortável, olhou fixamente nos olhos do filho, tomado por uma gratidão profunda, e chorou.
O filho enxugou suas lágrimas e perguntou:
— O que foi, pai?
O velho respondeu, emocionado:
— É que você, filho, se formou em medicina. Você é um homem rico. Tinha tudo pra virar as costas pra mim.
— Ah, pai! O que é isso? Vamos.
E saiu abraçado com o pai, passando pelo salão lotado do restaurante, enquanto todos olhavam abismados, sem entender como aquele jovem podia se envergonhar tanto em público... ou talvez estivessem admirando o contrário.
Na porta, após pagar a conta, o dono do restaurante tocou no ombro do rapaz e disse:
— Acho que você deixou algo pra trás.
O jovem levou a mão ao bolso, conferiu o celular e a carteira e respondeu:
— Não, não deixei nada pra trás.
O empresário insistiu:
— Deixou, sim. Algo muito mais valioso que sua carteira ou seu celular. Você deixou aqui uma lição para todo filho e esperança para todo pai.
Moral da história: pai e mãe não são eternos.
Eles se sacrificaram por nós quando não tínhamos nada. Trocaram o conforto pelo cansaço, a própria fome pela nossa comida e, às vezes, o sorriso pelo silêncio da preocupação.
Se hoje você tem orgulho do que conquistou, lembre-se de quem segurou sua mão no início da caminhada. Um dia, as mãos deles vão tremer, os passos vão enfraquecer… e pode ser tarde demais para retribuir.
Se essa história tocou o seu coração, compartilhe. Pode ser que um filho veja e ainda tenha tempo de voltar para casa e dizer:
“Pai, mãe… me perdoem. Eu ainda amo vocês.”
Que Deus abençoe cada pai, cada mãe e cada filho que leu essa história até o fim. ❤️
(Imagem gerada por IA)
Post de Cleonice Reis Pedroti
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