Nascimento: 13 de julho de 1969
Desencarnação: 24 de julho de 1985
Idade: 16 anos
Esclarecimentos:
Pais: Fernando Leal Fernandes e Jurcelina Leal Fernandes, residentes em Santo André
– SP.
Irmãos: Fernando Leal Fernandes Júnior e Agnaldo Leal Fernandes.
Bisavó: Jurcelina Penha, materna, nascida na cidade de São Tomé das Letras, Minas
Gerais, em 31.08.1880, desencarnada em 07.05.1944.
Comentários:
Chamados, vozes, pressentimentos, são avisos ou preparação para os tristes ou alegres
acontecimentos?
Pois é, D. Jurcelina, na madrugada de 24 de julho de 1985, ouviu claramente o seu filho
Marcelo chamar-lhe, achando que estivesse à porta de entrada de sua residência.
Estranhou e comentou o fato com o seu marido que lhe respondeu que seria impossível,
pois o seu filho estava viajando para São Sebastião, cidade praiana no litoral paulista. Mesmo
que estivesse à porta, não iria chamar porque tinha a sua própria chave para quando quisesse
entrar.
Ainda assim, D. Jurcelina não se conformou, abrindo um precedente ao seu pressentimento, pois sentia que naquele dia algo de triste estava para acontecer.
De fato, por volta das 12:00 horas, Marcelo se encontraria com os desígnios de Deus a
cobrar-lhe à volta para a residência espiritual.
Convém ressaltar que seus familiares tiveram a notícia por volta das 20:30 horas, isto é,
oito horas depois do acidente, que motivou a sua desencarnação por afogamento.
Um colega que participou do passeio; ligou para a sua residência dizendo que logo ali
estaria com as notícias de Marcelo. Isto feito; comunicou a Fernando Júnior, seu irmão mais
velho, que Marcelo tinha se afogado, mas que seu corpo estava desaparecido.
D. Jurcelina e Sr. Fernando, nesse momento encontravam-se em auxílio a um parente
que precisou de internação hospitalar de urgência.
Sentados em banco ali existente para um rápido repouso, à espera de notícias, depararam com José Reinaldo, irmão do Sr. Fernando, que se dirigia a eles com expressão de tristeza, fazendo-os crer que algo havia acontecido. A mãe de D. Jurcelina não estava bem de saúde. Levantaram-se rapidamente, trêmulos e, às pressas, foram ao seu encontro.
Imediatamente ele lhes dirige a palavra dizendo:
- Celina, o Marcelo está viajando, não é?
- Sim – respondeu-lhe. E perguntou:
- Por quê?
- Porque ele morreu afogado.
Na hora sentiu-se anestesiada com o impacto da notícia, pedindo que a levassem para
casa. Lá chegando seu filho Fernando Júnior a esperava com os amigos que viajaram com
Marcelo, expondo-lhe em detalhes o ocorrido.
Nos diz D. Jurcelina:
- Não perdi a fé em Deus, aguardando ansiosamente notícias do encontro do seu corpo
ocorrido após seis dias, sendo reconhecido pelo seu avô Gerônimo e o seu tio Jacinto, que
trasladarampara Santo André, ao Cemitério de Vila Pires.
Nessa noite mesmo, pedi ao meu marido que me levasse ao Chico Xavier na primeira
oportunidade.
Em agosto de 1986, em Uberaba-MG, recebemos o que tanto esperávamos e desejávamos: a mensagem de Marcelo.
Nesse dia, por volta das 10:00 horas fomos à casa do Chico Xavier, onde a sua misericórdia nos recebeu e pudemos ter a alegria de lá almoçar, juntamente com outras famílias
necessitadas e alguns outros amigos.
Ao terminarmos o almoço, prontifiquei-me, com outras senhoras, de juntar a louça e
levar para a cozinha. Chico, nesse momento, lá se encontrava.
Ao voltar para a sala, ele segurou-me delicadamente pelo braço e disse:
- Mamãe do Marcelo,, ultimamente a senhora anda muito preocupada, pensando no sofrimento do seu filho, infelizmente, nos papéis aqui da Terra consta que foi afogamento, mas
ele manda dizer que nada disso aconteceu. Teve uma dor fulminante no coração e, ao cair,
não conseguiu mais levantar.
Sem saber o que dizer, presa pela forte emoção, lhe disse:
- Chico, vá almoçar!
- Ele continuou dizendo:
- Minha filha, o telefone está tocando. A sua avó e bisavó do Marcelo se chamavam
Jurcelina também?
- Respondi-lhe que sim.
- Ela veio ao encontro do Marcelo ao passar para o lado de lá.
Isso tudo aconteceu por volta das 11:30 horas.
Chico; percebendo a minha aflição, consolou-me:
- Vamos deixar estes acontecimentos para misericórdia de Jesus, logo mais à noite.
Marcelo vem comprovar esse diálogo, revela o amor dos seus familiares na proteção
dos seus entes queridos quando diz que:
“... Não sofri as asfixias do afogamento, porque, ao começar minha incursão nas águas, o coração se me destrambelhou no corpo... Caí com todo o meu peso, porque o espírito se desligou para longe do corpo, atendendo ao apoio da bisavó Jurcelina, que fez questão
de me acompanhar no processo de minha liberação do veículo físico. Tão somente por isso é
que meu pobre corpo não boiou nas águas...”.
Isto esclarece os seis dias de sofrimento e ansiedade. Hoje, mais calma, mesmo que não
tivesse recebido a mensagem, a presença e os esclarecimentos do Chico Xavier, satisfizeram
plenamente os meus anseios de mãe, revelando-me verbalmente a presença de todos os entes
queridos que partiram nos diversos resgates, como o enviado de Jesus, em favorecer-nos com
as suas dádivas.
Mensagem de: Marcelo Leal Fernandes :
Querida mãezinha Jurcelina e meu querido pai Fernando, Jesus nos inspire e proteja
sempre.
Sei que não será possível um comunicado de longa extensão, em vista do trabalho que
se desenvolve nesta casa de Paz e Amor.
Apraz-me trazer-lhes as minhas notícias para que se esclareçam quanto ao acontecimento que me retirou da Vida Física.
Não sofri as asfixias do afogamento, porque, ao começar a minha incursão nas águas, o
coração se me destrambelhou no corpo e quando caí no mergulho, aparentemente voluntário,
desci sem qualquer reação para o fundo das águas, à feição de uma carga pesada que não
conseguiria retornar à superfície.
Caí com todo o meu peso, porque o espírito se desligou para longe do corpo, atendendo
ao apoio da bisavó Jurcelina, que fez questão de me acompanhar no processo de minha liberação do veículo físico.
Tão somente por isso é que meu pobre corpo não boiou nas águas, porque mergulhei ao
modo de objeto pesado, ante a ausência de mim esmo, na condição de espírito, que, sob a
caridosa colaboração de minha bisavó, foi guindado com o auxílio de enfermeiros seguros
para o lugar que lhe serve de residência onde me encontro até agora, refazendo forças.
Minhas saudades dos pais queridos e dos queridos irmãos Fernando Júnior e Agnaldo
são muito grandes, no entanto, espero aplicar-me aqui onde me encontro no trabalho e à renovação de que necessito para ser-lhe útil.
Com o serviço, compreendo que as minhas saudades se me farão mais toleráveis e peço
à mãezinha querida continue me auxiliando com as suas orações.
Envio muitas lembranças ao Júnior e ao Agnaldo e peço-lhes receber com as bênçãos
da bisa Jurcelina, o carinho e a gratidão do filho e irmão que lhes será sempre reconhecido.
Marcelo.
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