PSICOGRAFIA CHICO XAVIER - FAMÍLIA RODRIGUES BACCI /SÉRGIO TADEU RODRIGUES BACCI

 Nascimento: 22 de fevereiro de 1962

Desencarnação: 23 de dezembro de 1983

Idade: 21 anos.

Esclarecimentos:

Pais: José Rodrigues Bacci e Magdalena Rodrigues Bacci, residentes em São Paulo –

SP.

Irmãos: José Rodolfo Bacci e Marcos Rodrigues Bacci

Avós: Magdalena Carranza Maturano, bisavó materna, desencarnada em 22.09.1951.

Namorada: Katia.

Comentários:

Após sessenta dias de Vida Espiritual, Sérgio Tadeu acalma os corações dos pais.

Saudosos, sofridos e amargurados recebem, em tão pouco tempo, a presença do filho

por meio da mão caridosa e abençoada de Francisco Cândido Xavier, o médium que, em 63

anos de mediunidade repletos de sofrimento, suor e lágrimas; como Obreiro do Senhor, jamais deixou que uma réstia de desânimo destruísse a força do seu trabalho cristão.

Por intermédio da mensagem, das palavras e muito especialmente de sua presença as

famílias que o procuram sentem e recebem em seus atos de amor e reconhecimento aos irmãos em Deus, a paz que o envolve.

Sérgio Tadeu foi atropelado por um carro quando pilotava sua motocicleta. Seus pais,

seguidores da Doutrina Espírita, tinham grande interesse em conhecer Chico Xavier pessoalmente, mas, nunca podiam imaginar que essa vontade fosse ser satisfeita com a desencarnação de seu filho.

O que esperavam não acontecesse, aconteceu.

Informados por amigos que seria muito cedo para uma mensagem, foram a Uberaba,

não com intuito de recebê-la, mas, para ouvir as palavras confortadoras do querido médium.

Contou-nos o casal Bacci. “Estávamos em pequeno salão, aguardando o Chico. A sua

chegada alegrou a todos e os semblantes transpareciam muita esperança. Nesse momento,

um perfume de rosas invadiu o salão. As pessoas que se encontravam no local, admiradas,

se entreolhavam e sussurravam a felicidade ali reinante”.

Cada um entusiasmado; buscava assinalar em pequenos pedaços de papel os seus nomes na expectativa de receberem mensagens, e entregavam a uma senhora sentada numa

mesa no lado oposto daquela em que Chico estava. O interessante e que mais chamou a atenção foi que ficaram intactos exatamente no local onde foram depositados, por todo o

tempo em que lá estivemos.

Nessa noite, Chico psicografou cinco longas cartas, num período de mais ou menos

três horas, numa velocidade incrível.

O lápis deslizava no papel como se estivesse em superfície escorregadia.

Qual não foi a nossa surpresa quando Chico recebe a carta de nosso filho.


Irradiantes de felicidade encontramos, naquele momento, o sentido para uma nova

caminhada; a misericórdia de Deus da qual, às vezes, nos supomos esquecidos. O que parecia perdido, hoje está mais vivo dentro de nós e é a razão do nosso viver. Confortou-nos saber que à partida dos entes queridos sucede-se o reencontro com a família espiritual, a

mesma com a qual compartilhamos na Terra e que nos espera em nosso retorno.

Paralelamente o nosso entendimento e adesão ao trabalho da caridade em favor dos

menos felizes.

Tudo isso é a manifestação de Deus entre nós, através de Chico Xavier, necessitado

dos trabalhadores de Jesus “”.

Mensagem de: Sérgio Tadeu

Querida Mãezinha Magdalena e querido papai José Rodolfo, estou aqui, naquela de penetra, conquanto os amigos me convençam, de que não me vejo em ambiente estranho, mas,

num círculo de família que aprenderei a estimar.

Não sei o que lhes dizer. Apenas concordarão comigo que a ocorrência que me desmontou da Vida Física não era o que eu esperava.

O meu avô Rodolfo me assistiu no despertar aqui em novo campo de experiência, no

qual ainda me reconheço abatido e sem muita coragem para recomeçar.

Do que me sucedeu, não consigo rememorar minudências. É muito difícil pensar com

um cérebro que observo completamente novo; aquilo que nos marcou o cérebro vestimenta

em que julgávamos estivesse o centro da própria vida.

Quero tão somente anotar, para nosso reconforto, que a morte do corpo é uma espécie

de dona da bola. A bola; somos nós e somos chutados por ela, conforme lhe dê na telha.

Creio que por isso é que temos vários transportes e conduções para que a sigamos par

aonde nos leva. Motos, carros, aviões, comboios, carroças e até mesmo asas modernas, dessas que descem o morro, tocadas pelo vento. Tudo serve de veículo ou pretexto para que sejamos erradicados do mundo, à maneira de plantas que ela muda de lugar e de clima, à vontade, sem que o sujeito possa reclamar.

Ditadura e poder discricionário são com essa dama que se fantasia na imaginação e ninguém vê, porque, parece que ela não precisa de nosso voto ou de nosso veto para agir como

quiser, quando se trate de arrancar-nos para o que chamamos por outra vida.

Apesar da minha câmara lenta na memória para enumerar pessoas e fatos, não estou ainda tão tomado de amnésia que possa esquecer o desgosto que lhes deu estragando-lhes o

Natal.

Perdoem-me. De todos os meus, creio que o mais inconformado; sou eu mesmo, conquanto, esteja disciplinado pelas preces de minha avó Magdalena que me ensina, de novo, as

orações da infância para ser uma criatura nova. Minha avó deve ter razão porque esse bálsamo da confiança em Deus me retempera as energias.

Quisera continuar vivendo em nossa casa e feliz como sempre pelos pais queridos que

recebi de Deus, mas é preciso exercitar aceitação com se pratica algum costume diferente que

nos torne aptos a desempenhar grandes papéis no teatro do mundo. O halterofilismo, por exemplo.

A prece me auxilia a suportar os pesos da saudade que ainda trago comigo e olhem que

essa prática, no campo da alma, não é menos agradável do que a bola de ferro erguida nas

mãos, a fim de nos candidatarmos a campeonatos de força. 


Tudo isso, queridos pais, é saudade que assume por aqui a função de sombra compacta, capaz de ser cortada aos quilos. Pelo menos para mim, a saudade aqui é assim, uma condensação de emoções e pensamentos amargos que não é fácil de manejo. Entretanto, em matéria de tratamento e assistência, de nada posso me queixar.

O vovô Rodolfo e a vovó Magdalena me revigoram as energias, quando isso se lhes faz

possível e estou melhorando.

Envio, antes que a memória me falhe, muitas lembranças ao José Rodolfo, ao Marcos e

a nossa querida Katia, com quem tanto desejei aproximação e encontro total.

Que a nossa Katia me perdoe por tê-la deixado, entretanto, já me expliquei suficientemente para destacar a impossibilidade de nos desvencilharmos da morte que é conhecida por

aqui sob o nome desencarnação.

Estou muito bem assistido, qual se me visse restituído ao lar de parentes ricos, muito ricos e generosos, mas não tão ricos e tão generosos quanto os pais queridos aos quais me dirijo.

Rogo-lhes aceitarem comigo a situação em que me vejo e peço-lhe não chorarem ao

lembrar-me. Já sei que escondem as lágrimas um do outro, quando se trate de rememorarem

minha presença.

Estamos juntos, como sempre.

Nessa certeza me baseio para rogar-lhes calma e coragem.

A vida é um fio cujo novelo deve estar com Deus, porque não se ouve por aqui ninguém a falar de morte e sim de vida.

Continuem, por favor, a me lembrar nas orações, pois isso me faz grande bem.

Diz a vovó Magdalena que já me externei o bastante para que me compreendam. Voltarei melhorado, algum dia, com a Bênção de Deus. Peço-lhes sorrir para a vida e confiem

sempre em Deus; fazendo o melhor que pudermos o que devamos fazer.

Queridos pais; com todos os meus sentimentos à mostra, peço aos dois receberem muitos beijos do ilho sempre grato.

Sérgio Tadeu. 

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