Emmanuel
Não desesperes, nas trevas da noite, ainda mesmo quando o frio da adversidade te fira o coração.
Foge à nuvem que te obscurece o entendimento e escuta as aflições a se alongarem, junto de ti...
Perceberás os que soluçam nas grades da dore da morte, os que gemem nas garras do crime, os que foram mutilados no berço, os que jazem no catre do infortúnio e os que choram sem esperança ... Aqui, doentes e velhos abandonados estendem-te as mãos que a fome açoita, além, mães infelizes e crianças sem lar te mostram faces lívidas! ...
Por que o desânimo e a deserção, quando ainda podes auxiliar?
Trazes o coração em chagas abertas, mas possuis mente clara e braços livres.
Recorda que uma frase de boa vontade e um sorriso fraterna podem fazer o sol e a paz em muitas vidas.
Consola e a consolação se fará música em tua alma.
Levanta os caídos e serás sustentado.
Reparte o teu pão com amor e o amor dos outros santificará o pão que te alimenta.
Através das próprias lágrimas, inflama a alegria no peito do semelhante e a alegria que acendes te aquecerá o peito gélido.
Ora no altar da coragem, contemplando as estrelas que fulguram, além da sombra...
Todo nevoeiro chega e passa.
Em breves horas, raiará outro dia.
E as migalhas do bem que tiveres semeado ser-te-ão farta e sublime colheita de luz...
Ajuda sem perguntar, ajuda e segue, ajuda sempre...
Lembra-te de que o Mestre que procuramos passou na terra, amparando e perdoando, auxiliando e servindo, e nas horas derradeiras de seu apostolado de redenção, aceitou o sacrifício e a morte na cruz, flagelado e oprimido, mas de braços abertos.
Do livro Correio Fraterno. Psicografia de Francisco Cândido Xavier.
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