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quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

Ampara Hoje

Emmanuel
Se podes compreender as dificuldades da alma, ampara a todos aqueles que a Divina Sabedoria te situou nas áreas de ação, quando te pareçam em desequilíbrio.
Nas horas difíceis de transformação espiritual do mundo, os grupos sociais se nos afiguram tumultuados, à maneira do solo quando agitado por abalos sísmicos.
Se te manténs de pé, nos princípios de elevação que norteiam a vida, compadece-te dos que se viram envoltos no turbilhão de inesperados desafios.
Esse acreditou na independência negativa e abandonou os deveres, cuja execução lhe garantiria a verdadeira liberdade, prendendo-se nas correntes invisíveis de compromissos amargos.
Aquele admitiu haver descoberto fácil acesso à renovação desejável e elegeu a indisciplina por base das próprias vivências, marginalizando-se em perigosos enganos.
Determinada irmã considerou por pesado cativeiro o caminho iluminado de renúncia em favor dos outros e bandeou-se para o infortúnio mascarado de ilusão.
Aquela outra supôs que o lar assinalado de bênçãos se lhe fazia uma carga superior às próprias forças e largou-se de encargos assumidos para descer às sombrias regiões do arrependimento.
Ainda assim, não censures os corações tresmalhados pela maré da violência na viagem do mundo.
Inclina-te para os que se debatem nas ondas da perturbação e, tanto quanto possível, estende mãos amigas que os salvem do naufrágio iminente.
Todos somos viajores no oceano da vida.
Cada qual de nós permanece no barco em que avança na direção das praias do futuro.
Não te descuides do leme na embarcação que te seja própria e ajuda sempre aos que te compartilham a rota.
Recorda: muitos daqueles aos quais te vinculas pelo coração choram desesperadamente na superfície das águas revoltas e podem ser amparados ainda hoje por tua bondade e compreensão.
Não temas incomodar-te, nem percas tempo, quanto a isso, porquanto se adiarmos o socorro para amanhã, ser-nos-á talvez preciso descer às tenebrosidades do abismo, a fim de buscá-los, sofrendo muito mais.

CALMA -  FRANCISCO CÂNDIDO XAVIER  (EMMANUEL)
 

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