Entre os cuidados devidos ao corpo e a alma, recordemos o problema da
habitação.
Quanto mais instruída a pessoa, mais asseio na moradia.
Nem sempre a residência é rica do ponto de vista material. Vê-se, aí, contudo,
limpeza e ordem, segurança e bom gosto.
É imperioso porém, que o senso de higiene e harmonia não se fixe, unicamente,
no domicilio externo. Necessário que semelhante preocupação nos alcance o pouso
íntimo.
A mente é a casa do espírito.
Como acontece a qualquer vivenda, ela possui muitos compartilhamentos com
serventia para atividades diversas. E, às vezes, sobrecarregamos as dependências de
nosso lar interior com idéias positivamente inadequadas as nossas necessidades reais.
Quando preconceitos enquistados, teorias inúteis, inquietações e tensões,
queixas e mágoas se nos instalam por dentro, dilapidamos os tesouros do tempo e as
oportunidades de progresso, de vez que impedimos a passagem da corrente
transformadora da vida, através de nossas próprias forças.
Sabemos que uma casa, por mais simples, deve ser arejada e batida de sol para
garantir a saúde.
Ninguém conserva lixo, de propósito, no ambiente familiar.
Qualquer perturbação no sistema de esgoto ou na circulação de energia elétrica
representa motivos para assistência imediata.
Desde épocas remotas, combatemos a escuridão. Da tocha à candeia, da
candeia à lâmpada moderna, esmera-se o homem na criação de recursos com que se
defender contra o predomínio das trevas.
Pondera quanto a isso e não guardes, ressentimentos e nem cultives discórdias
no campo da própria alma.
Trabalha, estuda, faze o bem e esquece o mal, afim de que te arregimentes
contra o nevoeiro da ignorância.
Tua mente ― tua casa intransferível. Nela te nascem os sonhos e aspirações,
emoções e idéias, planos e realizações. Dela partem as tuas manifestações nos caminhos
da vida, e de nossas manifestações nos caminhos da vida depende o nosso cativeiro à
sombra ou a nossa libertação para a luz.
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