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quarta-feira, 27 de maio de 2009

Aos tristes

AOS TRISTES

Cruz e Souza

Alma triste e infeliz que se tortura
No tormento que punge e dilacera,
Para quem nunca trouxe a Primavera
Dos seus pomos dourados de ventura;

Sou teu irmão, e intrépido quisera
Trazer-te a luz que esplende pela Altura,
Afastando essa dor que te amargura
Nas ansiedades de uma longa espera.

Mas há quem guarde as gotas do teu pranto
No tesouro sublime e sacrossanto
Dos arcanos de luz da Divindade!


Do livro Parnaso de Além-Túmulo. Psicografia de Francisco Cândido Xavier.

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