AOS TRISTES
Cruz e Souza
Alma triste e infeliz que se tortura
No tormento que punge e dilacera,
Para quem nunca trouxe a Primavera
Dos seus pomos dourados de ventura;
Sou teu irmão, e intrépido quisera
Trazer-te a luz que esplende pela Altura,
Afastando essa dor que te amargura
Nas ansiedades de uma longa espera.
Mas há quem guarde as gotas do teu pranto
No tesouro sublime e sacrossanto
Dos arcanos de luz da Divindade!
Do livro Parnaso de Além-Túmulo. Psicografia de Francisco Cândido Xavier.
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