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quarta-feira, 27 de maio de 2009

Carta aos tristes

CARTA AOS TRISTES

Casimiro Cunha


Alma irmã de nossas almas,
Por que vives triste assim?
Todos os males da Terra
Chegarão, um dia, ao fim.

Se tens o teu pensamento
Na idéia da salvação,
Já deves compreender
Que o mundo é de provação.

É justo que sintas muito
As lágrimas da saudade,
Que chores um ente amigo
Na senda da iniqüidade.

É certo que neste mundo,
Onde há espinho em toda a estrada
Não há lugar para o excesso
Do riso ou da gargalhada.

Mas, ouve. O amor de Jesus
É como um sol de harmonia.
Quem se banha em Sua luz
Vive em perene alegria.

Demasia de tristeza
É sinal de isolamento.
Quem foge à fraternidade
Busca a sombra e o desalento.

Guarda o bem de teus esforços
Num plano superior,
Não há tristeza amargosa
Para quem ama o labor.

Transforma as experiências
Pelas quais hajas passado,
Num livro fraterno e santo
Que ampare o mais desgraçado.

O serviço de Jesus
É tão grande, meu irmão,
Que não oferece ensejo
A qualquer lamentação.

O senso de utilidade
Deve sempre andar contigo.
Transforma em vaso de amor
Teu coração brando e amigo.

Dá sorrisos, esperanças,
Ensinos, consolação.
Espalha o bem que puderes
Na senda da redenção.

Enche a tua alma de fé,
De paz, de amor, de humildade.
Não há tristeza excessiva
Onde exista a Caridade.

Quando, de fato, entenderes
A caridade divina,
Tua dor será no mundo
Como fonte cristalina.

Dá sempre. Trabalha. Crê.
E a tua fonte de luz
Há de cantar sobre a Terra
Os júbilos de Jesus.


Pelo Espírito Casimiro Cunha
Psicografia de Chico Xavier

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