Tratava-se de um incêndio devastador que se abatera sobre a floresta.
Enquanto as labaredas transformavam tudo em cinzas, os animais corriam na tentativa de salvar a própria pele.
Enquanto as labaredas transformavam tudo em cinzas, os animais corriam na tentativa de salvar a própria pele.
Dentre os muitos animais, havia uma pequena andorinha que resolveu fazer algo para conter o fogo.
Sobrevoou o local e descobriu, não muito longe, um grande lago. Sem demora, começou a empreitada para salvar a floresta.
Agindo
rápido, voou até o lago, mergulhou as penas na água e sobrevoou a
floresta em chamas, sacudindo-se para que as gotas caíssem, repetindo o
gesto inúmeras vezes.
Embora não tivesse tempo para conversa fiada, percebeu que uma hiena a olhava e debochava da sua atitude.
Deteve-se um instante para descansar as asas, quando a hiena se aproximou e falou com cinismo:
Você
é muito tola mesmo, pequena ave! Acha que vai deter o fogo com essas
minúsculas gotas de água que lança sobre as chamas? Isso não produzirá
efeito algum, a não ser o seu esgotamento.
A andorinha, que realmente desejava fazer algo positivo, respondeu: Eu sei que não conseguirei apagar o fogo sozinha, mas estou fazendo tudo o que está ao meu alcance.
E,
se cada um de nós, morador da floresta, fizesse uma pequena parte, em
breve conseguiríamos apagar as labaredas que a consomem.
A
hiena, no entanto, fingiu que não entendeu, afastou-se do fogo que já
estava bem próximo, e continuou rindo da andorinha.
Assim acontece com muitos de nós, quando se trata de modificar algo que nos parece de enormes proporções.
Às
vezes, imitando a hiena, costumamos criticar aqueles que, como a
andorinha, estão fazendo sua parte, ainda que pequena.
É comum ouvirmos pessoas que reclamam da situação e continuam de braços cruzados.
De certa forma é cômodo reclamar das coisas sem envolver-se com a solução.
No entanto, para que haja mudanças de profundidade, é preciso que cada um faça a parte que lhe cabe para o bem geral.
No entanto, para que haja mudanças de profundidade, é preciso que cada um faça a parte que lhe cabe para o bem geral.
Reclamamos
da desorganização, da burocracia, da corrupção, da falta de educação,
da injustiça, esquecendo-nos de que a situação exterior reflete a nossa
situação interior.
Não
há possibilidade de fazer uma sociedade organizada, honesta e justa se
não houver homens organizados, honestos e justos.
Em
resumo, para moralizar a sociedade, é preciso moralizar o indivíduo,
que somos cada um de nós, componentes da sociedade.
Se
fizermos a nossa parte, sem darmos ouvidos às hienas que tentarão
desanimar a nossa disposição, em breve tempo teremos uma sociedade
melhorada e mais feliz.
Redação do Momento Espírita.
Em 15.07.2009
Em 15.07.2009
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