segunda-feira, 12 de março de 2012

ACIMA DE NÓS

Quantas vezes, procuramos à paz, experimentando a tortura do sedento que
anseia pela glória!...
Em momentos assim, o passo mais expressivo será sempre a nossa
incondicional rendição a Deus, cuja sabedora nos guiará no rumo da tranqüilidade
operosa e tonificante.
Imperioso pensar nisso, porque frequentemente surgem no cotidiano, crises
inesperadas que se nos enovelam na vida mental, à feição de problemas classificados por
insolúveis no quadro das providências humanas.
Em muitas ocasiões, efetuaste quanto se te fazia possível pela sustentação de
um ente amado, no terreno firme dos ideais superiores e, ainda assim, assististe-lhe a
queda espetacular nos precipícios da sombra... Entregastes os melhores valores da
existência para a felicidade de alguém que os recolheu, enquanto isso lhe conferia
vantagens imediatas, e, de instante para outro, sofreste inqualificável abandono,
colhendo injúria e sarcasmo, em troca de renúncia e de amor... Responsabilizaste a ti
mesmo pelo amigo que te deixou a sós, no labirinto de negócios e compromissos
inquietantes, sem qualquer consideração para com os teus testemunhos de confiança...
Deste o que és e quanto tens na proteção do grupo doméstico,por tempo vasto de
trabalho e de sacrifício, e te viste, de repente, sob o desprezo daqueles mesmos
familiares que te deviam carinho e respeito, sem a menor possibilidade de
reivindicação...
Em tais circunstâncias, a prova se reveste de tamanha complexidade que, quase
sempre, não dispões de outro recurso senão conservá-la por braseiro de angústia,
trancado no coração, porquanto, às vezes, no grave assunto, os melhores amigos não te
poderiam compreender, de vez que, provavelmente, se inclinariam a intervenções
oportunas, complicando-te os problemas.
Diante de quaisquer dificuldades, e, sobretudo, nas horas de amargura
suprema, confia à Divina Providência as dores que te vergastam a alma!...
Todos nós, os Espíritos em evolução no Planeta, somos ainda humanos e, nessa
condição, nem sempre conseguimos em nós mesmos, a energia suficiente para a
superação de nossas deficiências...
À vista disso, nos momentos terríveis e a agoniados da adversidade terrestre,
não abras falência diante do desespero!... Recorre aos créditos infinitos do Pai Infinito
Amor.
Nenhum de nós está órfão de amparo e socorro, luz e benção, porque ainda
mesmo fracassem todas as nossas forças, na direção do bem para o desempenho de
nossas obrigações, muito acima de nós e muito acima de nossos recursos limitados e
frágeis, temos Deus.

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