Existir significa ter vida, fazer parte do Universo, contribuir para a harmonia do Cosmo.
Assim,
a vida que pulsa na intimidade de cada um de nós é convite de Deus para
nos integrarmos a Ele, ao Universo, visto sermos dEle os filhos
diletos.
E a busca por um sentido, por entender a vida com um significado especial, é a força propulsora para o progresso.
Todo
aquele que encontra um objetivo para viver, sejam seus ideais, suas
necessidades ou mesmo suas ambições, terá em sua vida um sentido maior.
Mesmo sob cruciais e pesadas tormentas, o objetivo a se alcançar será sempre a mola propulsora.
Afinal, quando se tem o porquê viver, a forma como se vive, até que se atinja o objetivo desejado, torna-se secundária.
Viktor
Frankl, psiquiatra judeu, afirmou que somente venceu os suplícios dos
campos de concentração da Segunda Guerra Mundial porque conseguiu
encontrar um nobre objetivo para quando saísse de lá.
Ele
tinha três razões para viver: sua fé, sua vocação e a esperança de
reencontrar a esposa. Ali onde tantos perderam tudo, Frankl reconquistou
não somente a vida, mas algo maior.
Assim,
enquanto tantos resvalavam na fuga pelo suicídio, nos dias de
confinamento, ele superou as dores físicas e morais, ao se apoiar nos
objetivos que se propôs alcançar.
Thomas
Alva Edison, após mais de dois mil experimentos, mantinha o mesmo ânimo
na busca de soluções para a criação da lâmpada elétrica, impulsionado
que estava pelo objetivo da descoberta e da criação.
Muitos
aposentados e idosos, depressivos diversos, que se neurotizaram,
recuperam-se através do serviço ao próximo, da autodoação à comunidade,
do labor em grupo, sem interesse pecuniário, reinventando razões e
motivos para serem úteis, assim rompendo o refúgio sombrio da perda do
sentido existencial.
Sem meta não se vive. Mas essa se trata sempre de um sentido pessoal, que ninguém pode oferecer e que é particular a cada qual.
Não
por outra forma que, comumente, pessoas atuantes, vibrantes, quando
perdem o objetivo pelo qual pautavam a vida, resvalam nos sombrios
caminhos da depressão.
Assim,
cabe a cada um de nós não se esquecer do significado maior da vida. Se
os parâmetros externos modificam-se, se a vida se altera, é natural que
nossos objetivos também sigam curso semelhante.
Porém,
não esqueçamos que será sempre objetivo de todos nós a busca da
construção íntima através do desenvolvimento intelectual e das
conquistas morais.
Será a conjugação desses dois valores que proporcionarão bem-estar interior e plenitude.
Quem
percebe a vida como uma oportunidade constante e inesgotável de
progresso e conquistas, jamais deixará de possuir objetivos, pois terá
como meta maior a construção da plenitude existencial na intimidade da
alma.
livro Amor, imbatível amor, pelo Espírito Joanna de Ângelis,
psicografia de Divaldo Pereira Franco, ed. Leal.
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