Páginas

domingo, 17 de novembro de 2024

Somente assim


 “Nisto é glorificado meu Pai, que deis muito fruto; e assim sereis meus discípulos.” – Jesus. (João, 15:8.)


Em nossas aflições, o Pai é invocado. Nas alegrias, é adorado. Na noite tempestuosa, é sempre esperado com ânsia. No dia festivo, é reverenciado solenemente. Louvado pelos filhos reconhecidos e olvidado pelos ingratos, o Pai dá sempre, espalhando as bênçãos de sua bondade infinita entre bons e maus, justos e injustos. Ensina o verme a rastejar, o arbusto a desenvolver-se e o homem a raciocinar. Ninguém duvide, porém, quanto à expectativa do Supremo Senhor a nosso respeito. De existência em existência, ajuda-nos a crescer e a servi-Lo, para que, um dia, nos integremos, vitoriosos, em seu divino amor e possamos glorificá-Lo. Nunca chegaremos, contudo, a semelhante condição, simplesmente através dos mil modos de coloração brilhante dos nossos sentimentos e raciocínios. Nossos ideais superiores são imprescindíveis e, no fundo, assemelham-se às flores mais belas e perfumosas da árvore. Nossa cultura é, sem dúvida, indispensável e, em essência, constitui a robustez do tronco respeitável. Nossas aspirações elevadas são preciosas e necessárias, e representam as folhas vivas e promissoras. Todos esses requisitos são imperativos da colheita. Assim também ocorre nos domínios da alma. Somente é possível glorificar o Pai quando nos abrimos aos seus decretos de amor universal, produzindo para o bem eterno. Por isso mesmo, o Mestre foi claro em sua afirmação.

Que nossa atividade, dentro da vida, produza muito fruto de paz e sabedoria, amor e esperança, fé e alegria, justiça e misericórdia, em trabalho pessoal digno e constante, porquanto, somente assim o Pai será por nós glorificado e só nessa condição seremos discípulos do Mestre Crucificado e Redivivo.

Nenhum comentário:

Postar um comentário