quinta-feira, 11 de novembro de 2010

FRANCISCO DE ASSIS

Francisco Bernardone (1182-1226), nasceu em Assis, na Itália, filho de um rico comerciante de tecidos.
Inicialmente levou uma vida boêmia; quando se casou das intemperanças alistou-se no exercito de Gualtieri de Brienne, a serviço do Papa. Estando em Spoleto teve a visão que o convidou a trabalhar para “o patrão e não para o servo”, se referindo ao Papa. A partir daí escolheu a vida religiosa.
Retornou para Assis e passou a dedicar-se aos pobres.
Transcrevemos do livro Mediunidade dos Santos, de Clóvis Tavares, passagem ocorrida no outono de 1205, em uma capela abandonada:
“(...) existia então, como ainda hoje, no declive da montanha, uma capela dedicada a São Damiano. São Francisco gostava dce recolher-se na penumbra daquela igrejinha abandonada, a orar diante de um crucifixo. Um dia, estava ajoelhado diante daquela imagem do Redentor, e suplicava poder conhecer finalmente qual fosse a vontade divina a seu respeito. Eis que, então, ainda banhado em lágrimas e com o coração agitado pelo ardor da oração, tendo os olhos fitos no crucifixo o vê avizinhar-se de si e de seus lábios divinos percebe sair uma voz que lhe dizia: - Não vês que a minha Igreja está a desabar? Vai, pois, e restaura-a para mim. E por três vezes se repete o amargurado apelo, a divina oração: Vade igitur et repara iliam mihi!”.
Francisco considerou o chamado, vendeu todas as mercadorias da loja do pai e restaurou a igrejinha; por este fato foi deserdado.
Levando uma vida de privações conseguiu autorização, em 1210, do Papa Inocêncio III, para fundar a Ordem dos Frades Menores, onde a simplicidade absoluta reinava, passando a receber o nome que o consagrou: Francisco de Assis. Juntamente com Clara de Montefalco, fundou o ramo feminino de sua ordem.
Retiramos do livro Hipnotismo e Mediunidade, de César Lombroso, um episódio ocorrido em 1224, envolvendo sua Mediunidade:
“Depois que S. Francisco de Assis depôs o generalato de sua ordem, e se retirou para um lugar deserto do Apenino toscano, julgou ouvir a voz do Altíssimo que lhe ordenava abrir o Evangelho, a fim de que seus olhos lessem o que deveria fazer de maia grato ao Senhor”.
“Três vezes o santo abriu o Evangelho, e três vezes caiu sob seu olhar a parte onde é narrada a Paixão do Cristo”.
“Desde esse dia, o seráfico se tornou absorto na contemplação daqueles sofrimentos. E eis que, no dia da Exaltação da Cruz (14 de setembro), enquanto estava imerso nas suas contemplações, viu um anjo descer do céu até ele, sustentado um homem crucificado. Quando desapareceu, S. Francisco experimentou, nos pés e nas mãos, sensações dolorosíssimas, seguidas de chagas sanguinolentas, por entre as quais se viam cravos, formados por excrescências do tecido celular; por um lado, apareciam aguçados e, por outro, tinham a cabeça rebatida, de modo que, entre eles e a mão, se podia insinuar um dedo; eram móveis em todos os sentidos; quando se empurrava uma extremidade, sobressaía a outra, mas, não obstante, não podiam ser arrancadas, e, ainda após a morte de S. Francisco, Santa Clara, em vão, tentou fazê-lo. Nas costas, tinha o santo outro estigma: o do lançaço de Longinus, de três dedos de extensão, bastante lago e profundo”.
“A estes estigmas, que duraram até sua morte, jamais se aplicou curativo, e, sem embargo, não supuraram”.
Francisco deixou registrado o seu Cântico do Sol, onde declara seu amor a tudo o que existe no Universo e se refere às coisas usando o termo “irmão”.
A conhecida Oração de São Francisco, não foi obra do próprio. Conforme textos católicos, ela foi retirada de um almanaque normando encontrado durante a Primeira Guerra Mundial, junto a uma efígie de Francisco de Assis. Inicialmente sua autoria não foi atribuída ao médium-sacerdote; somente com as traduções simultâneas é que ocorreu o erro. Alterações foram realizadas na oração original. Alguns acreditam que a chilena Gabriela Mistral (1889-1957), pertencente à Ordem Terceira de São Francisco, foi a autora da oração.

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